sábado, 4 de junho de 2011

GINCANA GENÉTICA: Prova 3 - Fichamentos


Fichamento 10
Saúde bucal no Brasil
Vitor Gomes Pinto
Do Instituto de Planejamento Econômico e Social (IPEA) – Secretaria de Planejamento da Presidência da República. Edifício BNDES, 14o – 70.076 – Brasília, DF – Brasil
Apresenta-se um retrato sobre a saúde bucal no Brasil, com ênfase em informações relativas à situação econômica e epidemiológica, prevenção da cárie dental, recursos humanos, montante de gastos financeiros e estrutura de prestação de serviços. O principal objetivo deste trabalho é o de permitir uma melhor compreensão da situação vigente no país com respeito à questão odontológica em seu todo, através da reunião de dados e indicadores, direta ou indiretamente relacionados à saúde oral, e da sua análise crítica.
O elevado número de Cursos de Odontologia pouco tem contribuído para melhorar o nível de saúde oral da população, atuando fundamentalmente no sentido de impedir o seu agravamento. No campo da prestação de serviços, ainda vigora uma prática eminentemente curativa, com forte predominância do setor privado e uma tímida intervenção do setor público.
Existem escassos dados epidemiológicos disponíveis. A maioria diz respeito à prevalência da cárie dental em escolares de 1o grau, nos quais o índice CPO-D (mede o ataque de cárie, identificando dentes cariados, perdidos e obturados) tem um valor médio de 1,64 aos 6 anos, atingindo 7,25 aos 12 anos, sempre com largo predomínio do fator "C" que representa, no grupo etário de 6 a 14 anos, 61% do total de dentes atacados.
Em relação a problemas ortodônticos, utilizando o índice de Draker, Viegas40 estima que 10% das crianças entre 7 e 14 anos necessitam de tratamento no país.
A fluoretação da água de abastecimento público constitui o método de escolha para a prevenção da cárie dental no Brasil. O fluossilicato de sódio é o sal mais usado, seguido pelo ácido fluossilícico e pelo fluoreto de cálcio (11%), todos já produzidos nacionalmente.
O número de cirurgiões-dentistas cresce anualmente em ritmo superior ao do aumento da população geral :o índice dentistas/10.000 habitantes passou de 3,28 em 1960 para 3,65 em 1970 e para 5,13 em 1980, já sendo de 5,51 em 19828, 18. Mantido o número atualmente previsto de aumento anual de profissionais (5.650 ao ano a partir de 1984)17,18, o índice será de 9,54 no ano 2.000. O serviço público contrata, direta ou indiretamente, cerca de 25% das horas/dentista disponíveis, e responsabiliza-se por cerca de 36% dos gastos em Odontologia afetuados no país.
O modelo atual de prestação de serviços odontológicos no Brasil está constituído de dois grandes setores: o privado, com um sub-setor formal (cirurgiões-dentistas) e um sub-setor informal ("práticos") e o público, com serviços nas esferas federal, estadual e municipal. A cárie dental é, destacadamente, o problema prioritário em termos de saúde bucal no Brasil, não só por atingir virtualmente a totalidade da população, como por seus elevados níveis de prevalência e incidência.
Prevê-se que ao longo da presente década o esforço de racionalização e de desenvolvimento de uma nova política odontológica para o Brasil deverá incluir, sob o ponto de vista organizacional, a adaptação dos currículos acadêmicos aos quadros econômico e epidemiológico nacionais, a estruturação de um departamento nacional de odontologia para exercer a coordenação das ações institucionais, a definição do papel do setor público encarregando-o da prestação dos serviços básicos, e a alocação de recursos específicos com um orçamento consolidado através de fundos provenientes, principalmente, dos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social, somados aos Estados e municípios.

GINCANA GENÉTICA: Prova 3 - Fichamentos


Fichamento 9
Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down
Ana Cristina Oliveira
Dina Czeresnia
Saul Martins Paiva
Mônica Rodrigues Campos
Efi gênia Ferreira
            A síndrome de Down ou Trissomia dos 21 representa a anomalia cromossômica mais comum da espécie humana. Nos últimos anos houve um grande progresso no tratamento físico e mental de crianças com essa síndrome, resultando em um significativo aumento na sobrevida e maior integração à sociedade. A saúde bucal representa um aspecto importante para a inclusão social de pessoas com deficiência.10 A idéia de garantir serviços de saúde integrais surgiu a partir da expansão das políticas sociais e dos sistemas de saúde ainda na primeira metade do século XX, tendo a criação do National Health Service (NHS), no Reino Unido, como o exemplo mais representativo desta nova concepção de serviços de saúde. Considerando-se as diversas manifestações sistêmicas e bucais presentes na síndrome de Down, é primordial que a população acometida seja assistida de forma integral pela equipe de saúde, incluindo a atenção odontológica. Tendo como perspectiva a prática da integralidade do atendimento, o presente estudo teve por objetivo analisar os fatores relacionados à atenção odontológica recebida por crianças e adolescentes com síndrome de Down.
            O exame clínico bucal foi realizado por uma das autoras (ACO) auxiliada por uma anotadora. O exame foi realizado sob luz artificial, com o auxílio de espelho clínico bucal e sonda periodontal IPC (Community Periodontal Index), preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).13 Foram observadas: presença de maloclusão, de lesões de cárie dentária e a qualidade da higiene bucal das crianças/adolescentes. 
Crianças e adolescentes com síndrome de Down na faixa etária entre 3 a 18 anos, e suas Foi realizado um estudo transversal com amostra de conveniência composta por mães. Eles foram recrutados em ambulatório de genética médica de um hospital materno-infantil na cidade do Rio de Janeiro, assistindo pacientes de vários estados brasileiros. Essa unidade hospitalar não conta com um serviço de atendimento odontológico local. Os dados foram coletados entre 11 de setembro e 30 de outubro de 2006. O estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP) e do Instituto Fernandes Figueira (IFF), ambos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Das crianças estudadas, 79,5% tinham ido ao menos uma vez ao dentista (IC 90% [72,3-87,8]), 79% pertenciam à classificação econômica menos favorecida. A idade média dos indivíduos com síndrome de Down era de 8 anos (±4 anos), 54% era do sexo masculino e 46% do sexo feminino. A idade média das mães era de 41 anos (±8 anos), 60 delas (54%) possuíam oito anos ou mais de estudo. No exame clínico foram identificados 83 (74%) crianças ou adolescentes com maloclusão e 41(37%) com pelo menos um dente com lesão de cárie dentária. A higiene bucal foi classificada como suficiente em 97 casos (87%).

GINCANA GENÉTICA: Prova 3 - Fichamentos


Fichamento 8
Saúde bucal materno-infantil: um estudo de representações sociais com gestantes      
Mirelle Finkler; Denise Maria Biliar Oleiniski; Flávia Regina Souza Ramos
Sabe-se que a assistência odontológica tem contribuído muito pouco para a melhoria das condições de saúde bucal das populações. A prática odontológica iatrogênico-mutiladora, dentistocêntrica, biologicista, individualista, centrada na técnica e pouco resolutiva, vigora desde sua origem. Buscar a reversão desse modelo em favor da atenção integral à saúde, levando-se em consideração as necessidades da comunidade assistida de acordo com o seu perfil sócio-epidemiológico, deve ser o propósito de políticas públicas e da ação de profissionais do setor saúde.
Considerando-se os aspectos éticos que envolvem as pesquisas com seres humanos, o projeto da presente pesquisa foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC, sendo que a concordância das gestantes em participar da pesquisa e a permissão para a sua realização nas instituições selecionadas foram obtidas através de Termos de Consentimento Livre Esclarecido. Existe uma crença muito forte, constatada também por diversos outros estudos e autores que contra-indica o tratamento odontológico durante a gestação. Esta crença compreende o tratamento odontológico durante a gestação como sendo um risco importante à saúde e até mesmo à vida do feto em desenvolvimento.
Os profissionais que mantêm um contato mais freqüente com as gestantes parecem não estar conscientes da importância da atenção odontológica no pré-natal4 e por isso deixam de contribuir, através de orientações e encaminhamentos, para com a saúde das mulheres e de seus filhos em desenvolvimento.
Todas as gestantes acreditavam que poderiam contribuir ativamente para a saúde bucal de seus filhos, sentindo-se verdadeiramente responsáveis por ela. O papel de mãe enquanto promotora de saúde, pareceu querer ser assumido com satisfação23 pelas entrevistadas. Elas demonstraram estar dispostas a fazer todo o necessário para que seus filhos sejam saudáveis, o que inclui o As gestantes possuem uma motivação, em potencial, para cuidar da própria saúde bucal pensando nos filhos e para buscar informações sobre os cuidados que deverão ser tomados com a saúde bucal dos bebês. Faz-se necessário, então, colocar as gestantes em contato com a Odontologia durante o período pré-natal, para que recebam toda a orientação profissional necessária e para que sejam encaminhadas ao tratamento preventivo-reabilitador, pois mulheres saudáveis e que saibam se cuidar efetivamente promoverão a saúde de seus filhos.
As gestantes possuem uma motivação, em potencial, para cuidar da própria saúde bucal pensando nos filhos e para buscar informações sobre os cuidados que deverão ser tomados com a saúde bucal dos bebês. Faz-se necessário, então, colocar as gestantes em contato com a Odontologia durante o período pré-natal, para que recebam toda a orientação profissional necessária e para que sejam encaminhadas ao tratamento preventivo-reabilitador, pois mulheres saudáveis e que saibam se cuidar efetivamente promoverão a saúde de seus filhos.

GINCANA GENÉTICA: Prova 3 - Fichamentos


Fichamento 7
Associação entre procedimentos preventivos no serviço público de odontologia e a prevalência de cárie dentária
Celeste, Roger Keller; Nadanovsky, Paulo; Leon, Antonio Ponce

O impacto dos serviços de saúde na prevenção de doenças ainda é controverso. Defensores de que o papel dos serviços é importante argumentam que o acesso a tratamentos eficazes pode reduzir o nível de doenças. Entretanto, deve-se considerar que a eficácia de intervenções preventivas, mesmo quando comprovada em ensaios clínicos controlados sob condições ideais, nem sempre é confirmada no dia-a-dia dos serviços, sob condições reais. Poucos estudos foram realizados ligando indicadores de processo dos serviços de saúde pública com indicadores de resultados desses serviços
Foram utilizados dados transversais de duas fontes. Os dados de cárie dentária, socioeconômicos, demográficos e auto-relato da utilização de serviços odontológicos foram obtidos de um inquérito epidemiológico iniciado no estado do Rio Grande do Sul, no ano de 2002 e concluídos em 2003. Apenas os dados sobre cárie dental na faixa etária de 15-19 anos foram utilizados. O índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) foi dicotomizado, obtendo-se o percentual de indivíduos com ao menos um dente cariado, perdido ou obturado (CPOD>0). Cada componente do índice CPOD foi também analisado individualmente da mesma forma (C>0, P>0 e O>0). Os exames foram realizados por dentistas dos serviços de saúde de cada município em visitas domiciliares, após um período de treinamento.
Apenas os dados sobre cárie dental na faixa etária de 15-19 anos foram utilizados. O índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) foi dicotomizado, obtendo-se o percentual de indivíduos com ao menos um dente cariado, perdido ou obturado (CPOD>0). Cada componente do índice CPOD foi também analisado individualmente da mesma forma (C>0, P>0 e O>0). Os exames foram realizados por dentistas dos serviços de saúde de cada município em visitas domiciliares, após um período de treinamento.
Em conclusão, o serviço público de odontologia no Rio Grande do Sul pode ter contribuído para a redução no número de cáries não restauradas em jovens de 15 a 19 anos entre os anos 2000 e 2003, porém não foi possível detectar influência desse serviço na experiência total da cárie (CPOD) nesses jovens. Pode-se supor que o serviço odontológico teve um lado benéfico, prevenindo a cárie, mas compensou esse efeito obturando e/ou extraindo dentes desnecessariamente. Além disso, grande parte da variabilidade na prevalência de cáries não restauradas entre municípios não foi atribuível exclusivamente aos serviços e permanece por ser explicada.

GINCANA GENÉTICA: Prova 3 - Fichamentos


Fichamento 6
 Responsabilidade civil e ética do ortodontista
Bruno MinervinoI ; Omásio Teixeira SouzaII
IProfessor  de Ortodontia da FOPLAC e ABO (Taguatinga). Mestre em Ortodontia pela UNESP - Araraquara. Aluno do Curso de Direito da UNIP/DF
IIAdvogado. Professor de Direito Civil da UNIP/DF
Nos tempos atuais, muda-se a relação médico/paciente, desloca-se verticalmente a posição impositiva e imperial do médico, para assumir um comportamento mais horizontalizado, mais democrático3. É importante destacar que a falta de diálogo, do profissional da saúde para com o seu paciente, cria o desequilíbrio dessa relação. Aí está um dos maiores problemas, a exemplo, a intolerância. Sabe-se que o contrato A cada obrigação corresponde um direito e vice-versa. Para tal é necessário é o ato re A responsabilidade civil do dentista está vinculada a uma relação obrigacional, um dos pilares do direito, que obriga o profissional a responder pelo dano causado, sempre que agir por culpa em suas modalidades: imperícia, imprudência ou negligência1, sultante do acordo de vontades entre duas ou mais pessoas. Existe responsabilidade pelo fato próprio, após estabelecido a existência do nexo causal. Quando o clínico geral conclui seu curso de Odontologia tem seu diploma registrado no MEC e reconhecido pelo CFO, que lhe outorga a licença para exercer a Odontologia, em todas suas especialidades.
Nota-se pela jurisprudência que, ambas as obrigações de meio e fim, têm fundamentação jurídica. Com isso, não se define em um contrato a modalidade obrigacional, apesar de existir uma tendência a considerar os procedimentos odontológicos como de fim. Contudo, essa corrente jurídica não deve prosperar sem que haja discussão significativa sobre o tema. Na dúvida, aconselha-se ser cauteloso ao mencionar as chances de sucesso no tratamento, atingindo-se mais uma obrigação de meio, sem, contudo eximir o ortodontista das responsabilidades de todo o tratamento; pré e pós contenção. Assim, existe na Odontologia como em qualquer outra profissão, uma obrigação genérica de não causar dano por negligência, imprudência ou imperícia.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

GINCANA GENÉTICA: Prova 3 - Fichamentos


Fichameto 5
Impacto da Halitose na vida dos indivíduos
Beatriz Helena Sottile França, Eduardo Hebling, Maria Augusta Pereira

                A halitose pode ser negativa para a auto-imagem do indivíduo, impactando na confiança e causando evitação social. Já foi sugerido que a halitose é um sinal relacionado tanto ao status somático quanto ao emocional, e que distúrbios psicológicos estão fortemente associados à condição, em alguns pacientes. Aparentemente, há uma relação entre a classificação clínica de halitose e o status psicológico, o que indica que indivíduos com pseudo-halitose têm uma tendência maior à neurose do que os indivíduos com halitose fisiológica ou patológica.
                O sucesso do tratamento da halitose reside na diminuição dos compostos voláteis e enxofre e outras substâncias desagradáveis. Assim a maior parte dos tratamentos consiste em intervenções mecânicas e químicas no ambiente bucal.
                Dentistas precisam estar alertados para a halitose, pois ela pode ser uma questão fisiológica, mas pode ser indicada de problemas patológicos. O tratamento começa pela orientação do paciente quanto à higiene bucal.
A halitose pode ser fisiológica ou patológica. A primeira condição é causada, principalmente, por saburra lingual e pobre higiene bucal. A halitose patológica é causada, basicamente, pela doença periodontal inflamatória crônica. Se não há halitose, mas os pacientes acreditam serem portadores dela, o diagnóstico é de pseudo-halitose.
                A mensuração da halitose é complicada pela complexidade gasosa dos compostos volatizados, dificuldades de amostragem. Para suplantar essa limitação, novos testes têm sido desenvolvidos. Um deles é um novo teste organoléptico, que utiliza uma seringa com vedação de gás que captura o ar do interior da cavidade bucal do paciente para posterior análise.