Prevenção da cárie dental: a questão da fluoretação do sal.
Pinto, Vitor Gomes (Presidência da república. Secretaria de Planejamento. Instituto de Planejamento Econômico e Social).
Tradicionalmente considerado como veículo de menor adequação para a suplementação do flúor ao esmalte dentário no combate a cárie, o “sal de cozinha” começou a receber maior ênfase a partir de estudos efetuados na década passada na Colômbia. O simples fato de que a criança praticamente não ingere sal em seu primeiro ano de vida.
A luz de novos argumentos trazidos recentemente a torna por técnicas internacionais. Entre 1956 e 1972 efetuou-se em quatro comunidades próximas a Medellín, Colômbia, uma investigação clínica para verificar a factibilidade da adição de fluoretos ao “sal de cozinha” como medidas alternativas para prevenir a cárie dental. Atentos as dúvidas, especialistas nacionais pela INAN em 1978 no seminário sobre prevenção de cárie dental no Brasil, ao elaborarem suas recomendações referiram expressamente que em se tratando de proteção específica a principal recomendação diz respeito ao íon flúor, aplicado basicamente. O processo de adição do flúor ao sal para a prevenção de cárie percorre os mesmos caminhos já trilhados no combate ao bócio endêmico através da iodatação do sal. É evidente que o sal é um veículo alternativo a água para a suplementação de flúor ao organismo humano.
O emprego do sal como flúor, considerando-se seu reduzido custo, é válido em áreas sob controle técnico de forma a ativar estudos tendentes a superar os entraves que cercam a hipótese de universalização do método. Os estudos poderiam ser lecionados, p. ex., para a obtenção nacional de tecnologia simples e viável para a fluoretação do sal grosso, ou para a compatibilização do processo com a estrutura múltipla de industrialização e comercialização do sal vigente no Brasil.
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